NOSFERATU (2025)
- Diego Nicolau
- 21 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Robert Eggers é um diretor cuja filmografia eu admiro profundamente. Para mim, todos os seus filmes beiram a perfeição, com notas quase máximas. Nosferatu, sem dúvidas, era um dos meus filmes mais aguardados de 2024. Apesar de sua estreia ter sido adiada para o início de 2025, tive a chance de assisti-lo ainda em 2024.
Essa nova adaptação do clássico mudo Nosferatu (1922) segue o vampiro Conde Orlok, inspirado em Drácula, enquanto ele desenvolve uma obsessão por Ellen (Lily-Rose Depp), a doce noiva do agente imobiliário Thomas Hutter (Nicholas Hoult).
Eggers, mais uma vez, demonstra sua maestria na direção. A fotografia é absolutamente deslumbrante, com um uso impecável de luz e sombras que remete ao expressionismo alemão, mas com um toque moderno e sombrio. Apesar de ter imaginado que o filme seria em preto e branco, a paleta de cores escuras foi escolhida com precisão, criando um visual frio e ao mesmo tempo hipnotizante.
O elenco é outro ponto de destaque: todos entregam atuações espetaculares. Bill Skarsgård, em particular, está quase irreconhecível como Orlok, e sua performance eleva o filme a um nível altíssimo. Nicholas Hoult e Lily-Rose Depp também brilham, trazendo profundidade aos seus personagens.
No entanto, Nosferatu não é perfeito. Um dos pontos que me incomodaram foi a falta de suspense em torno da aparição do Conde Orlok. Isso diminuiu o impacto que o personagem poderia ter tido. Além disso, a aparência do Nosferatu, embora reinventada para esta versão, não me convenceu completamente.
Minhas expectativas estavam nas alturas, e, apesar de o filme ser excelente, senti que ele ficou aquém do que esperava. Para mim, este é o trabalho mais fraco de Eggers, mas, mesmo assim, ele conseguiu colocar Nosferatu no meu top 10 de 2024. Eggers continua sendo um diretor absolutamente brilhante.
Nota: 8.5/10





Comentários