M3GAN 2.0
- Diego Nicolau
- 25 de jul.
- 2 min de leitura

M3GAN 2.0 é o tipo de sequência que tenta evoluir… mas esquece de carregar consigo qualquer traço de identidade. Se o primeiro filme já dividia opiniões ao flertar entre o horror superficial e o humor, essa continuação abandona de vez o pouco que funcionava e entrega uma experiência que beira o constrangedor.
Desde o início, o filme dá sinais de que quer “pensar maior”: em vez de se concentrar no terror psicológico ou no desconforto de uma boneca com inteligência artificial fora de controle, M3GAN 2.0 resolve apostar numa trama global, com espionagem, ação e investigação policial. Mas essa mudança de tom, que poderia ser ousada se bem executada, se transforma num dos maiores tropeços do longa.
Nada funciona aqui. A narrativa é desconjuntada, cheia de reviravoltas sem sentido. A própria M3GAN, que antes causava tensão com sua frieza robótica, agora parece uma caricatura mal escrita de uma heroína de filme B. O humor não engrena, o terror desaparece e o filme mergulha num clima de ação genérica com CGI ruim, diálogos expositivos e uma trama que se leva a sério demais para o pouco que tem a dizer.
E é exatamente assim que me senti assistindo: como se estivesse vendo um filme que não sabia quem era e nem o que queria ser. A vergonha alheia tomou conta em vários momentos, principalmente nas cenas que tentam forçar tensão onde não há, ou humor onde só resta constrangimento.
Mesmo com um certo sucesso de bilheteria — o que, infelizmente, garante uma continuação, M3GAN 2.0 se confirma como um dos piores filmes do ano. Uma tentativa frustrada de expandir um universo raso, que termina afundando de vez na própria ambição. Nota: 3.0/10





Comentários