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Lobisomem

  • Diego Nicolau
  • 15 de jan.
  • 2 min de leitura

Review: “Lobisomem”


“Lobisomem” é dirigido e roteirizado por Leigh Whannell, o mesmo responsável pelo excelente O Homem Invisível. Na época do lançamento desse último, fiquei impressionado com a forma como a direção se conectava perfeitamente ao texto, elevando a experiência do filme. Por isso, eu esperava novamente ser surpreendido com essa nova produção, apesar de já ter achado o trailer pouco promissor. Infelizmente, a surpresa não foi positiva.


Sinopse

Com o casamento à beira do colapso, Blake convence sua esposa Charlotte a fazer uma pausa na cidade e visitar sua remota casa de infância no interior do Oregon. Ao chegarem na fazenda em plena madrugada, o casal é atacado por uma criatura invisível. Presos dentro da casa, eles tentam sobreviver enquanto o animal ronda o local. Mas, conforme a noite avança, Blake começa a se comportar de maneira cada vez mais estranha, transformando-se em algo irreconhecível.


O que funciona no filme?

A direção de Whannell ainda demonstra boas ideias, proporcionando os melhores momentos do longa. Ele cria tensão com enquadramentos criativos e uma atmosfera interessante, especialmente nas sequências noturnas. É possível sentir a presença ameaçadora da criatura e a claustrofobia do ambiente rural isolado. Esses aspectos mostram que Whannell sabe construir tensão visualmente, mas, infelizmente, isso não é o suficiente.


Os problemas do texto

O roteiro é previsível e excessivamente explicativo, deixando pouco espaço para nuances. É como se Whannell não confiasse na inteligência do público, sublinhando elementos que poderiam ser sugeridos de forma mais sutil. Além disso, o texto limitado prejudica o desenvolvimento dos personagens. Blake e Charlotte têm pouca profundidade, o que torna difícil se importar com os conflitos pessoais ou emocionais que deveriam sustentar a trama.


As atuações, por consequência, não conseguem se destacar. Não por falta de talento, mas porque o material não oferece o necessário para que os atores explorem camadas emocionais ou criem conexões marcantes com o espectador.



“Lobisomem” não é um filme ruim, mas é extremamente esquecível. Apesar de contar com uma direção competente, o roteiro fraco e monótono compromete o impacto da experiência. Whannell já provou ser capaz de entregar histórias intrigantes e criativas, mas aqui ele parece ter ficado preso a uma narrativa segura e pouco envolvente.


É uma pena que um projeto com potencial tenha se transformado em algo tão genérico. Se o diretor tinha a intenção de surpreender, ficou devendo. Talvez seja melhor revisitar O Homem Invisível e lembrar por que ele conquistou tantos elogios.


Nota:4.0/10


 
 
 

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