Lilo & Stitch (2025)
- Diego Nicolau
- há 3 dias
- 2 min de leitura
A Disney retorna ao Havaí com o live-action de Lilo & Stitch (2025), recriando um dos clássicos mais adorados da era moderna da animação. Dirigido por Dean Fleischer Camp, o filme nos apresenta novamente à amizade entre uma garotinha havaiana e um alienígena fugitivo – o experimento 626, ou como aprendemos a chamar com carinho: Stitch.
Na nova adaptação, Stitch (novamente dublado por Chris Sanders) mantém seu carisma caótico e hiperativo, enquanto Maia Kealoha dá vida a uma Lilo encantadora, rebelde e imaginativa. A química entre os dois funciona com força total, e é justamente essa relação que sustenta o filme. O público infanto-juvenil – alvo principal da produção – certamente vai se encantar com essa dupla improvável, que continua nos fazendo rir e emocionar ao longo da narrativa.
Mas o live-action também tenta dar mais densidade ao núcleo humano da história. Nani, a irmã mais velha e tutora legal de Lilo, ganha um pouco mais de espaço dramático, expondo com mais clareza os desafios de cuidar da irmã após a perda dos pais. A presença da assistente social, que observa de perto a estrutura familiar, amplia o senso de urgência e vulnerabilidade da trama, ainda que essas nuances nem sempre sejam bem desenvolvidas.
É evidente que a comparação com o filme original é inevitável – e talvez até injusta. O desenho de 2002 tem uma alma difícil de replicar, especialmente pela linguagem expressiva da animação tradicional e pelo peso emocional que carrega em sua simplicidade. O live-action de 2025, embora visualmente charmoso e com bons momentos de afeto, não alcança a mesma potência simbólica. Falta algo para torná-lo realmente grandioso.
Ainda assim, Lilo & Stitch funciona dentro de sua proposta. É um filme fofo, divertido, que sabe onde mirar: nas crianças e nos corações nostálgicos dos adultos. A fidelidade visual ao Stitch original, somada ao frescor da nova Lilo, garante momentos tocantes e risos sinceros. Não é um novo clássico da Disney, mas é uma experiência válida – e até necessária – para uma nova geração de espectadores descobrir o verdadeiro significado de ’ohana.
Nota: 6.5/10
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