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Jurassic World: Recomeço

  • Diego Nicolau
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura

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Jurassic World: Recomeço chega com a promessa de reiniciar a franquia e devolver o fôlego a uma das maiores sagas da cultura pop. Com Scarlett Johansson no centro da trama e direção de Gareth Edwards, o filme tenta se equilibrar entre o apelo nostálgico e um novo começo. Mas, sinceramente? O que encontramos é mais uma decepção jurássica — e nem os dinossauros escapam desse colapso criativo.

Eu cresci amando dinossauros. Era fissurado. Os primeiros Jurassic Park formaram minha base de fascínio por cinema. A mistura de ficção científica com aventura e criaturas pré-históricas era simplesmente mágica. Não é à toa que essa franquia tem uma base de fãs gigantesca — a ideia de dinossauros vivos é, por si só, poderosa demais. Só que… isso aqui não é o Jurassic Park que nos ensinou a sonhar.


“Recomeço” falha onde mais deveria brilhar: a narrativa e os próprios dinossauros. O roteiro é monótono, previsível e sem qualquer risco criativo. Em poucos minutos de filme, você já sabe quem vai morrer, quando vai morrer e por que vai morrer. Não há mistério. Não há tensão. E quando tudo vira tão automático, nem os dinossauros conseguem empolgar.


A subtrama envolvendo uma nova família é desnecessária e sem impacto emocional. É o típico caso de personagens jogados na tela só pra preencher tempo de tela — se todos fossem atacados por um T-Rex em 5 minutos, o público não sentiria nada. E isso é um problema, toda franquia blockbuster tenta enfiar um personagem “engraçadinho” pra ser o alívio cômico. E aqui, o escolhido é simplesmente insuportável. Uma ou duas piadas até funcionam, mas o resto… soa forçado, bobo e deslocado. Quando o humor falha, a sensação de estar preso em um filme arrastado só aumenta.


Essa é uma crítica que atravessa toda a trilogia World: o excesso de foco nos humanos, especialmente quando esses humanos são fracos narrativamente. Aqui, nem mesmo a presença de Scarlett Johansson consegue salvar o vazio emocional e dramático. Os diálogos são rasos. O desenvolvimento dos personagens, inexistente.

O que mais se salva no filme é a parte visual — e mesmo isso já não impressiona como antes. A direção de Gareth Edwards é eficiente em criar alguns bons quadros, mas falta inventividade nas criaturas. Tudo parece reciclado de filmes anteriores, só que com menos impacto.



“Jurassic World: Recomeço” é mais um exemplo de como a nostalgia mal trabalhada pode sufocar uma história. É um filme que tenta se reinventar, mas sem coragem de romper com o passado. Resultado: um blockbuster sem impacto, sem carisma e sem dinossauros realmente memoráveis. Nota: 3.0/10

 
 
 

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