F1 (2025)
- Diego Nicolau
- 25 de jul.
- 2 min de leitura

F1é o tipo de blockbuster que entende o equilíbrio entre espetáculo e emoção. Ao colocar Brad Pitt no papel de Sonny Hayes, um ex-piloto que retorna às pistas como mentor de um jovem talento, o filme entrega muito mais do que velocidade: entrega alma.
Pitt está confortável e carismático, mas quem realmente rouba a cena é Damson Idris como Joshua Pearce. Seu personagem pulsa juventude, urgência e emoção, e é ele quem nos faz acreditar que há algo maior do que vencer: há algo em jogo dentro da alma desses corredores.
Tecnicamente, o filme é um deleite. As sequências de corrida, captadas em pistas reais da Fórmula 1 com câmeras montadas em carros de verdade, são de tirar o fôlego. A montagem é precisa, quase cirúrgica, e a trilha sonora intensifica cada curva como se fosse uma nota de tensão. O som dos motores misturado à música cria uma vibração sensorial que reverbera no peito de quem assiste, é cinema físico.
Mas o maior mérito de F1 talvez esteja na sua capacidade de engajar mesmo quem não entende absolutamente nada de Fórmula 1. Durante a sessão, observei pessoas ao meu lado torcendo genuinamente por pilotos fictícios, vibrando por vitórias e lamentando derrotas. O filme traduz a linguagem da velocidade para a emoção universal, aquela que conecta qualquer espectador à jornada dos personagens.
Se o roteiro não reinventa a roda,sim, temos rivalidade, redenção, mentor e aprendiz, isso pouco importa. A experiência está na execução: F1 é o tipo de filme que faz você sentir. Sentir o motor, sentir o medo, sentir a glória.
É cinema de grande tela, de corpo inteiro. Um espetáculo que conversa com o fã de velocidade, mas também com qualquer um que entre na sala buscando viver uma emoção verdadeira. E no fim, é isso que faz um bom filme: transformar o desconhecido em paixão por algumas horas. Nota: 9.0/10





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