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Bugonia (2025)

  • Diego Nicolau
  • 20 de out.
  • 2 min de leitura

Bugonia é um daqueles filmes que parece carregar o peso da aclamação antes mesmo de começar. Foi aplaudido, elogiado, tratado como um dos grandes do ano e sim, é um bom filme. Mas por mais que eu reconheça o talento envolvido, não consigo entender totalmente o tamanho da reverência em volta dele.


O Filme cota a historia de dois homens obcecados por conspirações que sequestram a CEO de uma grande empresa quando se convencem de que ela é uma alienígena que quer destruir a Terra.

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Yorgos Lanthimos cria um universo que, à primeira vista, parece genial: um mundo, carregado de simbolismos e absurdos, com uma crítica social. Mas quando o brilho inicial passa, o que fica é um filme que, apesar de bem executado, se mostra previsível em várias partes. Ele tenta ser excêntrico, tenta ser fora da caixa, mas às vezes parece estar apenas repetindo o próprio estilo.


O que realmente sustenta Bugonia são as atuações. Emma Stone e Jesse Plemons estão impecáveis, intensos, vulneráveis, e com uma entrega que carrega o filme nas costas. São eles que transformam cenas comuns em algo magnético, e fazem a história funcionar mesmo quando o roteiro se perde.


A trilha sonora também merece destaque. Ela ajuda a construir uma atmosfera estranha, quase hipnótica, que mantém o espectador preso mesmo quando a narrativa vacila.


Mas é nos trinta minutos finais que Bugonia realmente se encontra. É ali que tudo faz sentido, que a tensão cresce, que o filme finalmente entrega algo à altura da sua proposta. Esses momentos finais são o que salvam a experiência, uma virada que dá peso e sentido ao que parecia disperso.


Ainda assim, quando penso no filme como um todo, sinto que ele não vai ficar na memória por muito tempo. É o tipo de obra que você reconhece o valor técnico e artístico, mas que, lá na frente, talvez se perca entre tantas outras.


Bugonia é bom, mas não é genial. É bonito, mas não é inesquecível. E mesmo assim, há algo ali nas atuações, na música, no clímax que faz valer uma visita nesse mundo. Nota:6.0/10

 
 
 

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