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Segredos de um escândalo

  • Diego Nicolau
  • 13 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura

Nos anos 90, Gracie, uma mulher de 30 anos, casada e mãe de três filhos, foi pega em um caso com Joe, um adolescente coreano-americano de apenas 13 anos. O filme, ao contrário de outras obras onde a infidelidade era justificada, perturba ao explorar o amor proibido do casal. A questão central é: como uma mulher adulta pode desejar um adolescente? Como ela pode afirmar estar apaixonada por ele? O enredo reflete o caso real de Mary-Kay Letourneau, que, em 1997, confessou o estupro de um menino de 12 anos, com quem se casou.


Gracie enfrenta julgamento público e prisão, dando à luz ao filho de Joe.

Inicialmente apresentados como um casal feliz, Gracie e o Joe já adulto vivem em uma casa encantadora em um lugar agradável, compartilhando churrascos com vizinhos e filhos. A revelação de algo errado ocorre quando discretamente descartam excrementos humanos misteriosos à porta.


A direção utiliza simbolismos evidentes, como largatas e borboletas, contribuindo para o tom um tanto brega do filme. "Bangs" abruptos de piano na trilha sonora, intencionais ou não, adicionam um toque hilário.



Portman e Moore brilham em papéis chamativos, explorando seus talentos dramáticos e cômicos. Moore se destaca ao retratar a humanidade de Gracie.


Gracie se diferencia dos outros personagens de Moore, irradiando imaturidade.


O filme é uma exploração da exploração e da tendência cultural de transformar trauma em entretenimento. Todos no filme se aproveitam uns dos outros.


Uma cena destaca Gracie maquiando Elizabeth, quase erótica, mas desconfortável. Moore e Portman têm uma dinâmica cativante, tornando cada interação uma luta de poder na tela.

O que torna o filme arrepiante é sua leveza, contrastando com o que está em primeiro plano. Cenas repletas de palavras não ditas e emoções não expressas tornam-se desconfortáveis. Cheio de tons quentes, fotografia deslumbrante e uma vibração reconfortante, o filme é como todos em uma sala fingindo normalidade enquanto algo terrível acontece. Os silêncios, embora não totalmente gráficos, aumentam o desconforto.


Nota:8.0/10

 
 
 

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