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Rock Paper Scissors— BAFTA 2025 —

  • Fernando Gomes
  • 15 de fev.
  • 2 min de leitura



“Pedra, Papel, Tesoura” é um curta-metragem de guerra que demonstra os horrores acometidos e cometidos durante esses eventos da humanidade. Apesar de não conseguir capturar nada de novo dentro do gênero — tarefa árdua, dada a quantidade de clássicos e mestres do cinema que já exploraram esse tema —, ele se apresenta como uma modernização e simplificação dessa mensagem.


Dentro de um bunker ucraniano, acompanhamos Ivan e seu pai administrando um hospital improvisado. Sem recursos e acima da capacidade, os médicos tentam cuidar dos soldados enquanto procuram formas de entreter as crianças. O trabalho se sustenta pela esperança de que a Ucrânia será capaz de extrair essas pessoas da zona de combate antes que a Rússia as encontre.


O conflito do filme nasce quando as chances de extradição desaparecem e tropas russas começam a se aproximar do bunker. Em uma tentativa de impedir o avanço, Ivan se propõe a eliminar dois soldados russos, até perceber que a patrulha é maior do que o informado. Sem grandes opções e com o fim iminente, ele se vê obrigado a tomar medidas desesperadas.


Uma direção clara e uma fotografia excelente capturam com nitidez a performance de Oleksandr Rudynskyy, protagonista do filme, que transita entre esperança, desespero, medo e dor com facilidade. Por conta disso, ele engrandece o impacto emocional das conhecidas cicatrizes da guerra em cada personagem. A história, baseada em um evento real, demonstra as motivações que alimentam um ciclo de violência ininterrupto. Mas, como sempre, também mostra que a moeda da guerra é a juventude.


Pouco original, mas tecnicamente impressionante, Pedra, Papel, Tesoura extrai quase tudo que pode de seus vinte minutos. Embora, no fim, diga a mesma coisa que já ouvimos mil vezes, essa é uma mensagem que merece ser ouvida para sempre..

 
 
 

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