Missão: Impossível - O Acerto Final

Em Missão: Impossível – Acerto Final, Ethan Hunt (Tom Cruise) segue sua jornada ao lado da equipe do FMI para enfrentar as consequências catastróficas de uma inteligência artificial descontrolada que ameaça os sistemas globais. Convicto de que nossas vidas são moldadas pela soma de nossas escolhas, Hunt mergulha numa corrida contra o tempo, agora enfrentando figuras poderosas de diferentes governos, enquanto o destino da realidade como conhecemos está em jogo.

Confesso: um filme de ação com mais de três horas geralmente me afasta. Nunca fui o maior fã da franquia Missão: Impossível, mas não há como negar o impacto que ela teve tanto para uma geração de cinéfilos quanto para o próprio gênero de ação.

Marcada por altos e baixos, a franquia construiu seu legado com sequências de tirar o fôlego e uma entrega física de Tom Cruise que virou marca registrada. Missão: Impossível 7 – Acerto de Contas (Parte 1) foi um dos meus favoritos exatamente por isso: era coeso, bem amarrado e carregava um senso real de perigo. Já Acerto Final (Parte 2) tenta ser uma homenagem a tudo o que veio antes, mas se perde ao esquecer de cuidar da própria narrativa.

O retorno da “Entidade” como vilã – uma inteligência artificial ameaçadora – poderia ter rendido mais, mas o filme parece querer pular explicações e se focar apenas na missão de destruí-la. O primeiro ato é especialmente arrastado e, sinceramente, poderia ter sido mais enxuto. Quando o ritmo finalmente engrena, somos recompensados com ótimas sequências, e uma delas merece destaque: a cena do submarino, que é simplesmente uma obra-prima da ação.

Para os fãs do gênero, o longa entrega tudo o que se espera de Missão: Impossível: acrobacias insanas de Tom Cruise, tiroteios bem coreografados e muita adrenalina. É um blockbuster que cumpre sua promessa de espetáculo, mesmo que, narrativamente, fique devendo.

nota: 6,5/10