Azi - Seleção Sundance Curta Metragem
- Fernando Gomes
- 26 de jan.
- 1 min de leitura
Uma das perguntas mais frequentes da experiência humana, mesmo que involuntariamente, é: “o que está por trás daquele olhar?”. Em Azi, acompanhamos uma família saindo de férias e uma exploração das dinâmicas de poder entre a amiga da filha e a nova namorada do pai.
Com uma fotografia que constantemente retrata ambas as personagens a partir de perspectivas que nunca as revelam completamente, fica claro que essas pessoas não se mostram em sua totalidade. Esse tipo de transparência só ocorre quando ambas estão sozinhas, isoladas em seus próprios diálogos e provocações.
O subtexto desperta a imaginação, e Azi convida o espectador a tentar compreender as motivações de cada uma junto com as personagens. É uma luta por hierarquia, influência ou um desejo de controlar (ou ser controlada)?
Em um curta que parece referenciar “Não Fale o Mal” em sua índole, vemos pessoas testando os limites de permissividade umas das outras. Esses pedidos contrariam a convivência social cortês, mas estão escondidos sob sorrisos educados e uma falsa diplomacia que parece perceptível apenas para quem domina esse tipo de interação.
Interessado em investigar o que não é dito ou mostrado, o premiado curta se volta ao espectador e pergunta: detém poder quem tem o que o outro quer, ou quem pode pagar pelo que o outro quer? Essa é uma resposta pessoal ou será respondida no longa baseado em Azi, que está em desenvolvimento.









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